A arte das tatuagens na pele

Estarei exibindo em janeiro de 2015 um curta metragem sobre tatuagens. Hoje firmamos parceria com INK HOUSE TATTOO aqui em Tubarão ao qual irá apoiar nosso trabalho e com participação direta na filmagem. Desde já fica aqui meu agradecimento aos artistas e tatuadores profissionais: Lucas e Felipe.

Tenho entrevistado pessoas e suas razões as quais fizeram os desenhos e seus corpos e as respostas são diversas, porém todas igualadas num quesito interessante; sempre fazem mais de uma tatuagem. O resto mostrarei no meu filme em janeiro de 2015 ao qual será apresentado histórias e imagens incríveis sobre o “universo” da tatuagem. Vocês pensam que já viram de tudo? Aguardem, rzs...

Venho hoje resumidamente descrever um pouco da história da tatuagem. Que adjetivo usar; rebeldia, personalidade, gosto, modo de expressão, etc... Como definir o significado da tatuagem? Em pesquisa geral, encontrei muitas versões mas uma delas achei muito convincente e de grande valia.

No contexto da sociedade contemporânea, o individualismo induz muitas pessoas a fazerem de sua pele o local do registro de ideais, valores ou da simples vaidade. Um dos mais conhecidos registros que se tem sobre as tatuagens é do capitão inglês James Cook, quando o mesmo tentava entrar em contato com os nativos do Taiti.

O povo daquela região designava o hábito de pintarem definitivamente a pele de “tatau”, por conta do barulho produzido pelos instrumentos utilizados na confecção de suas tatuagens. No entanto, não podemos dizer que eles foram os primeiros a desenvolverem esse tipo de hábito. O homem de Ötzi, com cerca de mais de 5300 anos, fazia inveja a qualquer aficcionado por tatuagens dos dias de hoje. Em seu corpo foram encontradas mais de cinqüenta tatuagens que, de acordo com alguns estudiosos, tinham significações religiosas.

A prática da tatuagem também foi registrada entre os egípcios e os pictos, uma civilização antiga do Norte da Europa. No Brasil, diversas tribos indígenas traziam tatuagens pelo corpo. Os waujás e os kadiwéus são alguns dos povos indígenas que utilizavam da pintura definitiva para expressarem rituais de passagem e reverência a alguns elementos da natureza. Apesar da existência da tatuagem, esse hábito não se popularizou por conta das culturas indígenas.

Foram os marinheiros ingleses, por meio do contato com os polinésios que difundiram essa prática pelo mundo. A reprodução de feras do mar, caveiras e embarcações demonstravam as aventuras desses homens que se lançavam pelo mar. Sendo os mesmos sujeitos de pouca condição financeira ou influência social, fizeram da tatuagem algo popular entre os guetos, prostíbulos e tavernas freqüentadas pela “escória”, ou seja, desocupados, lutadores de rua, criminosos e prostitutas.

Esse tom marginal dado à tatuagem também fazia com que corpos tatuados fossem presença garantida nas atrações circenses dos chamados freak shows. Foi somente na segunda metade do século XX que a tatuagem incorporou os ideais da cultura ocidental. O seu tom contestatório ultrapassou barreiras tornando-se um símbolo de ousadia e personalidade.

Motivações íntimas, delicadas e suaves também incorporaram o mundo das tatuagens. Homens e mulheres de mais idade hoje também tatuam seus corpos. Ela deixou de ser um item exclusivo de uma cultura jovem para tornar-se uma via de expressão da subjetividade.

Termino aqui com a realidade de sempre; é cada vez maior o número de pessoas que aderem a desenhar em seus corpos algo que elas se identificam e gostam. Os próprios donos da INK HOUSE TATTOO falaram para mim que suas agendas estão preenchidas até maio de 2015. Eu, Fernando Lee constatei no meu documentário que ainda existem preconceitos nesta questão, mas devemos entender que na metamorfose do mundo, as pessoas também se transformam e assim opino que dentro do contexto ser feliz é o que importa na vida, quem é contrário ao desenho corporal que respeitem ou entenda quem os faz.

Fotos nesta reportagem: INK HOUSE TATTOO - Av Marcolino Martins Cabral - Tubarão (Santa Catarina) - (48) 3052-4405

A BNC TV sempre cumpriu com seu papel de informar nossa sociedade. As reportagens exibidas somam valores incalculáveis na vida das pessoas, agregando a aproximação de instituições, empresas ou prestadores de serviços e demais na infinita troca de aprendizados.